A doação de órgãos é um assunto importante e que pode salvar muitas vidas. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS), tem o maior programa público de transplante do mundo, cerca de 87% dos transplantes de órgãos são feitos com recursos públicos. Mas o que o Certificado Digital e a doação de órgãos têm em comum? Vamos explicar tudo a seguir!
Sobre a doação de órgãos
No Brasil temos dois tipos de doadores, o doador vivo e o doador falecido, o doador vivo pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique sua própria saúde, ele então pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores, no caso de não parentes, só é possível através de autorização judicial. Já o doador falecido são pacientes com diagnóstico de morte encefálica, os órgãos doados vão para pacientes que estão na lista de espera, para que a doação seja feita é necessário de autorização da família, porém há outras formas de autorizar, vamos explicar melhor a seguir.
Sobre o Certificado Digital
O Certificado Digital é um documento eletrônico semelhante ao CPF e ao CNPJ, ele comprova a identidade de uma pessoa ou empresa, é seguro e possui validade jurídica. O documento possibilita que você assine digitalmente documentos e tenha acesso a sistemas eletrônicos. O Certificado Digital pode ser usado em órgãos públicos, prefeituras, tribunais, órgãos fiscalizadores e muito mais.
Como autorizar a doação de órgãos com Certificado Digital?
Em abril de 2024, a campanha “Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém”, foi lançada. A iniciativa marcou a regulamentação do sistema de Autorização Eletrônico de Doação de Órgãos (AEDO), que poderá ser utilizado com Certificado Digital.
O AEDO é uma forma eletrônica de autorizar a doação de órgãos, tecidos e partes do corpo humano. Por meio dessa autorização, em caso de necessidade, seu médico poderá acessar e agir de acordo com a declaração.
Para realizar sua autorização, basta acessar o formulário no site www.aedo.org.br, que é recepcionado pelo cartório de notas selecionado. Em seguida, o tabelião agenda uma videoconferência para identificar o interessado a coletar a sua manifestação de vontade. Por fim, o solicitante e o notário assinam digitalmente o AEDO, por meio de Certificado Digital, esse documento ficará disponível para consultar pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes.
Vamos salvar vidas?
Atualmente mais de 42 mil pessoas aguardam na fila por um transplante de órgãos no Brasil, 500 delas são crianças. Em 2023, 3 mil pessoas faleceram por falta de doação de um órgão. Os órgãos com maior número de pessoas na fila são rim, fígado, coração, pulmão e pâncreas. Você poderá escolher qual órgão deseja doar ou pode escolher doar todos. O AEDO foi criado para agilizar o processo de doação, além de facilitar a consulta de médicos e familiares sobre o desejo do paciente.